O conceito de arquétipo é muito utilizado para empoderar o branding das empresas. É uma ferramenta para fortalecer as características da marca e gerar impacto no coração e na mente dos consumidores
O que torna determinadas marcas tão atrativas? Por qual motivo escolhemos uma e não a outra? A resposta está na personalidade que o produto ou serviço nos transmite. E essa conexão pode estar totalmente relacionada com o poder dos arquétipos, presentes no nosso inconsciente.
É um conceito que tem a ver com valores, premissas e crenças determinantes das nossas ações e decisões, e eles são fundamentais na construção de uma marca que busque estar na mente dos consumidores, conquistando sua preferência.
Ou seja, escolher o arquétipo de marca certo para o seu negócio é uma estratégia essencial para uma ligação mais profunda com o seu público. Entenda como isso é possível!
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O que é um arquétipo?
O termo arquétipo vem da Grécia Antiga, derivando de “arkhétupos”, que significa “modelo primitivo” de algo. Ele foi abordado por Platão em sua teoria das ideias, de acordo com a qual tudo no mundo apresenta uma forma abstrata ou estrutura ideal, imutável.
Mais tarde, em 1919, Carl Jung trouxe esse mesmo fundamento para a psicanálise. O psicoterapeuta suíço traduziu os arquétipos como conjuntos de imagens primordiais, presentes em todo o tempo e em todo o lugar. Isso nos acompanha por gerações, como um componente do que o especialista chamou de inconsciente coletivo.
Dessa forma, para a teoria junguiana, esses são elementos que guiam nossas percepções, ideias e respostas automatizadas para as diversas situações da vida, apesar de não nos darmos conta do quanto estão por trás das nossas atitudes e dos nossos comportamentos.
De Platão ao mundo corporativo
Quase um século depois do conceito junguiano de arquétipo ser apresentado ao mundo, as pesquisadoras Margaret Mark e Carol Pearson trouxeram o tema para a realidade do ambiente corporativo.
Elas são autoras do livro The Hero and the Outlaw (“O Herói e o Fora-da-lei”/ 2001), e apontam que a utilização dos arquétipos pode fazer a diferença no branding empresarial.
Isso porque essas representações são capazes de imprimir aos produtos significados profundos, gerando maior identificação entre a marca e o consumidor. Dessa forma, a metodologia impulsiona a construção do brand equity, que está associado ao valor intangível das marcas para o mercado.
Domine essas poderosas ferramentas
Falamos, portanto, de um mecanismo poderoso na construção de marcas valorosas. Em sua obra, Mark e Pearson elencam 12 arquétipos, divididos em quatro grupos.
Veja quais são e conheça exemplos de negócios que os incorporam.
Grupo 1 – Maestria/Risco: os que querem deixar sua marca no mundo
1º Arquétipo: O Herói (Hero)
Determinado, corre atrás dos seus objetivos. Ideal para empresas inovadoras, com produtos e serviços de preços moderados a altos, para quem busca melhor performance e resultados.
Ex.: Nike, FedEx e Hummer.
2º Arquétipo: O Mago (Magician)
Quer conhecer o princípio de tudo para realizar seus sonhos. Perfeito tanto para a indústria terapêutica e de autoajuda, como para marcas que fogem do óbvio.
Ex.: Red Bull, Absolut e Axe.
3º Arquétipo: O Fora-da-lei (Outlaw)
Rebelde, segue o lema “as regras foram feitas para serem quebradas”. Serve para empresas com propostas ousadas e revolucionárias.
Ex.: MTV, Virgin e Harley Davidson.
Grupo 2 – Independência/Autorrealização: em busca do paraíso
4º Arquétipo: O Inocente (Innocent)
Relacionado a um perfil mais utópico, apegado às tradições. Para marcas que buscam ter fé na humanidade, com produtos que remetem a valores e à criança interior.
Ex.: Coca-Cola, McDonald’s e Disney.
5º Arquétipo: O Sábio (Sage)
Detalhista e metódico, busca o crescimento pessoal. Está ligado às agências de notícias, jornais, revistas ou instituições de ensino, com públicos que buscam exemplos idôneos.
Ex.: Estadão, CNN e Globo News.
6º Arquétipo: O Explorador (Explorer)
Curioso, ama descobrir novos lugares e culturas. Para empresas que focam na aventura, despertando sentimentos de liberdade e independência.
Ex.: Lonely Planet, Jeep e Pajero.
Grupo 3 – Pertencimento/Significância: os que desejam aceitação social e status
7º Arquétipo: O Cara Comum (Everyman)
Quer pertencer ao grupo, consumir o mesmo que seus pares para estabelecer conexões. Para marcas que valorizam uma vida simples e cotidiana.
Ex.: Volkswagen, Visa e Gap.
8º Arquétipo: O Amante (Lover)
Romântico, gosta de se sentir único. Fabricantes de cosméticos utilizam muito esse arquétipo, ressaltando a beleza e a sensualidade.
Ex: Channel, Ferrari e Alfa Romeo.
9º Arquétipo: O Bobo da Corte (Jester)
Valoriza a diversão, vivendo intensamente o presente. Quem adota o arquétipo faz uso de piadas e jogos em ações de marketing, com campanhas animadas e criativas.
Ex: Ben & Jerry’s, Pepsi e M&M.
Grupo 4 – Controle/Estabilidade: sede de poder
10º Arquétipo: O Criador (Creator)
Artista e imaginativo, com um forte ímpeto para desenvolver novos projetos e imprimir sua marca no mundo, assim como as empresas que difundem a ideia de que tudo é possível.
Ex.: Apple, Lego e Faber-Castell.
11º Arquétipo: O Cuidador (Caregiver)
Benevolente e altruísta, gosta de ajudar o próximo. Para marcas que buscam uma imagem centrada no bem comum, em questões ambientais ou sociais.
Ex: Unicef e Hospital Albert Einstein.
12º Arquétipo: O Governante (Ruler)
Líder nato, possui o dom da persuasão. As marcas dedicadas a esse público cobram preços elevados para transmitir a ideia de luxo e prestígio.
Ex.: Rolex, Johnnie Walker e Rolls-Royce.
O arquétipo na construção da marca
E como podemos fazer para que os arquétipos integrem a política de branding? Bom, em primeiro lugar, é preciso encontrar arquétipos primordiais e secundários adequados para transmitir os valores do seu negócio. Então, o primeiro passo é sempre investigar a essência da marca para traduzir a sua personalidade.
Essa é uma estratégia fundamental para quem deseja fortalecer a presença na cabeça do consumidor. Se sua marca não possui autenticidade, direção, identidade ou conexão humana com seu público, ela não se torna atraente.
Dessa forma, a consciência da imagem que se deseja transmitir e das qualidades existentes em seu produto ou serviço aumentam as chances de impactar o poder de escolha do consumidor, pois ele vai optar não apenas por algo que cumpre a sua função, mas pelo que tenha significado.
Sendo assim, fazer o uso dos arquétipos na construção de uma marca pode influenciar positivamente as pessoas, vender mais e estabelecer relacionamento positivo com os clientes, um ativo e tanto nos tempos 4.0. Mas lembre-se: além da opção pela mensagem arquetípica mais adequada à essência do seu negócio, é preciso planejar claramente como comunicar e manter seu marketing alinhado com a personalidade e a mensagem da marca.
Essa é uma tarefa desafiadora, mas que a IAPRENDI está pronta para encarar junto com você a fim de garantir os melhores resultados para o seu negócio! Faça contato com a nossa equipe agora mesmo e conte com nossa ajuda para construir uma imagem poderosa.